terça-feira, 5 de julho de 2011

START this baby!



Nosso primeiro milhão começa com um simples START!


O Start inicial foi dado pelo serviço chamado Make your way. Que busca unir diversos recursos disponíveis na web com a facilidade de receber atualizações de locais em que você pode estar, caso resolva mudar o seu caminho. É uma idéia muito interessante por permitir que agregue ferramentas gratuitas do Google, como o Google mapas, e com as tecnologias móveis que estão em alta atualmente. Possibilitando alternativas em nosso trajeto.

Em seguida vimos a chance que muitas pessoas esperavam de entender o confuso mundo da web: Omegafone.com! Um tipo de ferramenta que ajuda na inclusão social e no compartilhamento das informações permitindo a inteligência coletiva. A idéia é que o site sirva como manual do uso da internet, ou algo desse gênero, que possa nortear o público-alvo, que são as pessoas de mais idade que ainda não possuem intimidade com o conflitante mundo da internet. O site ainda disponibiliza um espaço para usuários mais avançados, onde receberiam as informações mais atualizadas, em vista que há um bombardeamento de informações novas na web o tempo todo.

Mas como o melhor sempre fica para o fim (\,,/) a genial idéia de start’up na busca do milhão é a solução que muitas pessoas buscavam. Este é o caso da START’UP. (Logicamente, enalteci esta idéia por se tratar da apresentação do meu grupo).
Em todo caso, essa ideia é criada em forma de um agregador de serviços on-line. Como é de conhecimento que muitos estudantes acabam sempre na função de mudança e de viagens, e quando precisa de algo simples como consertar a fechadura de casa, é difícil encontrar alguém que resolva a situação. Por isso que no nosso site a ideia é disponibilizar os locais, ou as pessoas, que ofereçam serviços de qualidade, mas que estejam perto da casa do solicitante. Como alguém que precise de um frete, e que encontre alguém que faça um bom serviço perto de sua casa.

Se até o Google começou assim... vai que numa dessas né...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Vida digital na televisão brasileira. Será?

Em 2007 foi anunciado um passo significativo para a inclusão digital no Brasil. Pelo menos era o que o governo dizia. A TV digital que em 2016 deve ser a única forma de transmissão no país. Passados anos ainda engatinha tanto na interatividade como no conteúdo.
Exemplo pode ser visto na forma como vem sendo feita esta transição, as setup box que deveriam adaptar as TVs analógicas tem custo elevado e ainda não vem a tecnologia de interatividade, os aparelhos apenas são obrigados a vir adaptados para a nova forma se tiverem 32 ou mais polegadas, e por fim apenas no ano de 2010 alguns aparelhos passaram  ter o selo DTVi, que significa estarem aptos a ter interatividades.
Isso apenas na parte do hardware, que é a parte mais sensível aos mais pobres, e que serve de desculpa as produtoras de conteúdo, que são também as emissoras, em não investir na produção de programas que utilizem toda esta tecnologia.
A tecnologia usada na TV digital trás muitos desafios tanto para quem produz quanto para quem atua, uma vez  que a maior nitidez,  e as diferenças de luz  afetam toda a produção. As dificuldades em fazer também exigem maior interdisciplinaridade dos comunicadores para que saibam e se informem constantemente sobre as possibilidades de interação em seus produtos, como orientar o telespectador sobre as mesmas, o que usar ou não usar na interface da televisão que estará na frente do telespectador.
No momento não se vê mudanças na interface com relação a interatividade, no máximo as mensagens do twitter passando abaixo da tela, em um "tempo real" meio suspeito nos programas jornalísticos. A desculpa
é a baixa inserção dos aparelhos digitais, apesar do estouro de vendas em 2010.
O lançamento da transição do analógico para o digital seria a forma que o governo achou de universalizar o acesso ao mundo digital até 2016, sem ter que investir maciçamente na internet, já que a televisão está presente em mais de 90% dos lares do país, e os computadores estavam muito caros até então. Porém hoje a TV digital tem sinal em 480 municípios, que congregam 87,7 milhões de brasileiros (dados do site DTV), mas se pararmos para pensar o Brasil tem  mais de 5000 municípios, e por esta concentração de habitantes só os grandes centros populacionais ganharam sinal digital até agora, excluindo mais de 100 milhões de brasileiros dos pequenos e médios municípios.

Em outra ponta a entrada dos aparelhos chamados Webs Tvs agora em 2011 deve por mais pressão na política de TV digital, uma vez que estas realmente trazem de outra forma a interatividade que até agora não chegou a televisão. O novo aparelho integra a programação da televisão, as funções de navegação e compartilhamento  de conteúdo dos computadores e a convergência dos diversos aparelhos do domicilio em uma central de lazer. Tudo isso aliado a uma interface amigável, o problema maior é o custo do aparelho, e o acesso a rede de banda larga, presente apenas em 27% dos lares.
No entanto isso deve por pressão nas emissoras para produção de conteúdo já que o que é produzido hoje para o novo sinal é pífio e o investimento até agora foi alto.

Apesar do texto de Ana Silva Lopes Davi Médola, "Televisão digital brasileira e os novos processos de conteúdos: os desafios para o comunicador" tratar apenas dos desafios do comunicador com a nova tecnologia nesse meio, falta muito para sequer se chegar ao nível não só de interatividade em que o comunicador tenha estes desafios, ou aos formatos mais arrojados necessários para maior interação do apresentador, técnica e público sejam exigidos.
Pelo que vejo hoje a vida digital na televisão brasileira vai chegar primeiro através da banda larga e não da transmissão de dados e interação no sinal.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sou Stefhany, sou absoluta!

Se há 5 anos atrás alguém te dissesse que uma menina lá nordeste, parodiando a música 'a thousand miles' da Vanessa Carlton em um clipe caseiro intitulado Stefhany no Crossfox, postado no youtube, iria ser um estouro na internet, um viral que se multiplicaria, fazendo ela se tornar uma legítima celebridade da internet, e ainda por cima, aparecer no Caldeirão do Hulk e no Faustão...Vc acreditaria? Eu não...
A versão 2.0 trouxe consigo uma nova maneira de apropriação da web pelos usuários... Se antes eles estavam acostumados a receber passivamente o conteúdo que os grandes veículos de mídia transmitiam... Agora, é como se tivessem com um megafone nas mãos...
E a nossa Profê Susan Liesenberg, observando esse fenômeno,muito sabiamente, resolveu estuda-lo.. Em seu artigo: "Papel Pop e o Stefhany do Crossfox - A inflência do Blogs no Encadeamento de Construção de Celebridade", ela trata do fenômeno de "Celebrização pela Internet" através do estudo da Stefhany do Crossfox no Youtube.
Um dos primeiros vídeos do youtube, segundo Susan, que sofreram o processo de enxurrada de visualizações e se tornaram 'febre' na net é o Chocolate Rain, de Tay Zonday. Esse vídeo viralizou inexplicavelmente, e foi muito imitado, compartilhado e parodiado na web... Hoje o autor tem um canal próprio, e milhares de outros vídeos parodiando outras músicas...
E como esse, há muitos outros casos, como o 'Fala Sonia', 'Tapa na Pantera', 'Valmir e Josy', e inumeros outros... Um caso curioso é o da Tulla Luana...Ela é uma senhora que resolveu reclamarna net..e foi ouvida! Ela reclama sobre o google, sobre jogos da web, sobre a shoptime...enfim, sobre tudo! Virou praticamente um ícone de contestação na web..e segundo seu canal, dia 30 de maio estreiou um programa só dela na justin tv, dá uma olhada www.youtube.com/user/tullaluana
Bom.. Mas o que o Chocolate Rain , a Tulla Luana e a Stefhany do crossfox tem em comum? Eles são, segundo Adriana Braga, "Microcelebridades."
Em seu artigo, intitulado "Microcelebridades - entre os meios digitais e massivos", a autora defende que esse processo é resultado da relativização do monopólio de produção dos conteúdos midiáticos, (ou seja, o tal megafone que eu citei lá no início...) Uma questão contundente para Adriana é definir a partir de que ponto esses usuários se tornam Microcolebridades, e qual a influência da passagem delas para os meios massivos nessa "celebrização". Assim, ela faz um estudo do caso Twittess, e do blog Modern, analisando como ocorreu a passagem dessas celebridades do meio Digital para o Meio Massivo, e a tranformação delas de Micro para Celebridades de fato.
Voltando ao caso Stefhany, nossa Musa, Deusa, Absoluta...é interessante notar a peculiaridade com que a 'celebrização' da Stefhany ocorreu: descoberta por um blogueiro, ela se tornou uma verdadeira sensação, o hoje, tem seu próprio canal, e lança inclusive seus próprios hits... (confere lá no www.youtube.com/canalstefhanycross o ultimo single dela... Menino Sexy )
Segundo Primo (2009), os Blogs são canais geradores de tendências, e termômetros para a grande mídia sobre o que está acontecendo na web. Assim, explica-se o fato de Stefhany ter postado seu video há bastante tempo, mas somente ter estourado na web depois de descoberta pelo mundopop. Mas aí fica a questão... Será que foi só isso? Um blog teria essa amplitude toda de transformar Stefhany em estrela? Segundo Susan, o conteúdo gerado na web, para alcançar tal dimensão, deve conter alguns requisitos básicos que agradem ao grande público: Originalidade, humor, espontaneidade, e, no caso de Stefhany, se encaixar em um esteriótipo de heroína: A mulher bem resolvida, que se gosta, se ache 'absolta.' ( e viva o feminismo!)
Diante desse emaranhado de Celebridades que surgem quase que diariamente, como "a banda/agencia/faculdade/pauta.. mais bonita da cidade", "os soldados e o funk do hino nacional", e por aí vai..ficam as questões: O que é uma Celebridade hoje pra você? Acredito que a questão hoje não é mais quem é celebridade, mas sim quanto tempo se é celebridade...Todos esses personagens, dado o contexto e momento em que surgiram, foram celebridades a seu modo.. mas sumiram...e acredito que o desafio agora, para as celebridades, não é mais estourar, mas sim, continuar ressonando na vida das pessoas...
Acho que é por aí que a banda toca...

domingo, 5 de junho de 2011

Celebridades e microcelebridades

Dando continuidade ao tema "celebridades", na aula do dia
31/05 trabalhamos os textos de Adriana Braga e Susan Liesenberg.
Em "Microcelebridades - entre os meios digitais e massivos", Adriana Braga aborda a temática
das pessoas que fazem sucesso na web de alguma forma e destacam-se o suficiente para atrair a atenção das mídias massivas. A autora usa dois exemplos para tratar do assunto: o blog Mothern e a "tuiteira" Tessália Serighelli.
Mothern foi um blog criado em meados de 2006 por duas mulheres, Juliana Sampaio e Laura Guimarães, que objetivavam debater assuntos pertinentes à vida da mulher e mãe moderna. O blog fez sucesso e os textos da web foram publicados em livro, o qual chamou a atenção de uma produtora de tv, que desejava adaptar a obra a um seriado homônimo a ser exibido no canal GNT.
Concedida a autorização para isso, a participação das blogueiras na concepção do seriado limitou-se à consultoria, sem poder sobre o elenco, roteiro ou argumento. A sugestão de papéis de mulheres homossexuais, negras ou fora do padrão de beleza, por exemplo, sugerida pelas autoras, foi vetada pela produção, que optou por retratar a vida de quatro mulheres brancas, magras, bonitas e ricas.
Assim, ainda que a exibição do seriado tenha trazido notoriedade para as blogueiras, com a adaptação do blog para a televisão, elas perderam a autoridade em produção de conteúdos que possuíam na internet para tornarem-se meras colaboradoras com a série a que deram origem. É uma situação que simboliza a problemática da interação entre meios digitais e massivos, principalmente, como diz a autora, no que tange à relação de poder entre produtores de conteúdos de cada um dos meios.
O exemplo de Tessália deu-se de forma semelhante. A jovem curitibana possuía um perfil no Twitter que contava com muitos followers - conquistados, diga-se de passagem, através de scripts, linha de comando computacional do Twitter que permite, ao seguir automaticamente milhares de pessoas, angariar reciprocidade de "seguidores", o que seria considerado pouco "honesto". De qualquer forma, isso chamou a atenção de jornais, revistas e até da televisão. Boninho, diretor do programa Big Brother Brasil, convidou Tessália para participar do programa a fim de colocar o reallity show em evidência também nas novas mídias.
Após apenas três semanas no programa, Tessália foi eliminada em um paredão triplo de votação histórica: 78% dos 32 milhões de votos pediam sua eliminação. A postura de "jogadora assumida" e o suposto sexo oral que a moça vez em Michel, participante que possuía namorada fora da casa, fizeram com que Tessália fosse rotulada como uma das maiores vilãs que o programa já teve.
Ao contrário de Juliana Sampaio e Laura Guimarães. no entanto, "Tess"não procurou se adaptar à mídia massiva. Acusada de ter "esnobado" a televisão, não lhe restaram outras alternativas para manter-se nas grandes mídias que não fossem revistas ou filmes masculinos.
A partir disso, e ainda de acordo com Adriana Braga, é possível chegar a algumas conclusões: microcelebridades da web não encontram nas grandes mídias o mesmo poder de autoridade que recebem nas mídias digitais. No entanto, essa "transmidiação" da web para as mídias massivas é considerada valiosa para aqueles que pertencem à primeira. Além disso, os grandes meios de comunicação de massa não estão dispostos a adaptar-se ao contexto das microcelebridades. Como vimos no caso Mothern, em troca de um pequeno lucro financeiro, as blogueiras mergulharam nas novas mídias a preço de abandonarem a proposta inicial do blog que originou o seriado homônimo no GNT. Tessália, por outro lado, ainda que tenha aceitado mostrar-se na tv, não cedeu à permanência neste meio que só lhe prometia propostas humilhantes de continuidade de carreira.
O segundo texto, da professora Susan Liesenberg, fala sobre a influência dos blogs na cons
trução de celebridades. Atualmente, devido ao ferramental disponobilizado na Web 2.0, é possível que qualquer indivíduo seja produtor de conteúdo on-line, publicado principalmente em sites como YouTube, MySpace, Facebook, Orkut, entre outros. Exemplo disso é a menina Stefhany e seus videoclipes.
Stefhany chamou a atenção da grande mídia quando seu clipe caseiro "Eu sou Stefhany", que todos aqui conhecemos, foi publicado, com link para o Youtube, no blog Papel Pop, especializado em satirizar celebridades e postar vídeos e fotos curiosos.
O site, que até então possuía poucas visualizações apenas da produção, algumas horas após a publicação do post registrou mais de 10 mil visitas. Logo passaram a ser contabilizados por volta de 70 mil acessos diários, e o blog passou a ser cada vez mais comentado, divulgado e procurado.
Este é apenas um exemplo entre muitos outros que confirmam uma tendência cada vez mais presente: os blogs tornaram-se filtros que publicam os conteúdos amadores mais relevantes para o público. Esses "filtros" são interessantes para que as mídias massivas encontrem personalidades que tenham potencial para fazer sucesso também nos meios clássicos. Foi o que aconteceu com Stefhany, que após o sucesso na internet, participou de programas de televisão de grande visibilidade, como Gugu e Caldeirão do Huck.

domingo, 29 de maio de 2011

Celebridades

A palavra "Celebridade", que deriva do latim celebritas, define aquele que tem status glamuroso, embora muitas das celebridades que conhecemos não seja assim tão glamurosas.

Boorstin difere heróis de celebridades, sendo os primeiros aqueles reconhecidos pelos seus feitos, por criar a si mesmo e pelo seu caráter, enquanto as celebridades são reconhecidas por sua imagem, são criadas pela mídia e   tem uma personalidade, são responsáveis por um personagem.

Segundo Lawrence, a idolatria por celebridades aproxima as pessoas em torno de conversações sobre a vida privada e a carreira de estrelas, a famosa conversa de salão de beleza, bem observada pelo professor Alex Primo.

Exitem tipos específicos de celebridades. A celebridade conferida, onde se tem o exemplo da família real, em que os príncipes e princesas tornam-se famosos ao nascerem, a fama é conferida por fazerem parte de uma família famosa. Há também a celebridade adquirida, com o exemplo de David e Vitória Beckham que obtiveram sucesso em suas carreiras de jogador de futebol e cantora e, quando começam a decair em sua fama, casam-se e a mantêm como casal símbolo de beleza. E por fim a celebridade atribuída, em que, mesmo sem nenhum talento exepcional, a pessoa torna-se famosa, como é o caso de Paris Hilton que, aparentemente, nasceu para isso.

Segundo alguns autores, as celebridades sofrem com a fama e acabam por mutilar-se com anorexias, manias extremas, paranoias e drogas esperando assim sentirem-se mais "humanas". O público, muitas vezes se identifica com isso, enxergando que seu ídolo comete erros como todo mundo.

"Celebridades são fenômeno típico da indústria cultural, vinculado à força difusionista e aos  interesses mercadológicos da mídia de massa. Como se viu anteriormente (PRIMO, 2009), a celebridade é, ao fim e ao cabo, uma mercadoria, fruto de um projeto bem planejado, com objetivos e metas a serem alcançados." (PRIMO, 2010)


terça-feira, 24 de maio de 2011

Stefhany do CrossFox e microcelebridades

Queridos alunos,

Na próxima aula - terça-feira, dia 31/05 -, daremos continuidade ao tema celebridades.

Discutiremos os seguintes textos:

Papel Pop e Stefhany do CrossFox - A influência do blog no encadeamento midiático de construção de celebridade, de minha autoria, apresentado na ABCiber (UFRJ)

Microcelebridades - entre os meios digitais e massivos, de Adriana Braga (PUC RJ)

Boa leitura e até lá!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Geração de conteúdo pelos consumidores em espaços corporativos

O tema da aula de 10/05 foi o conteúdo gerado pelo consumidor, especialmente no que diz respeito às organizações. Discutimos como esse conteúdo é apropriado pela Comunicação Corporativa, sobretudo quando produzido nos espaços da própria empresa.

Para começar a discussão, pode-se definir como grande motivação para geração de conteúdo pelos usuários o conceito participativo da internet, já que os consumidores passaram a ser, se quiserem, também produtores de conteúdo. O termo que pode ser atribuído a esse agente é produser (BRUNS, 2008 apud MONTARDO, 2009, p. 167). Nesse contexto, embora os usuários possam estar buscando fama ou autoridade em determinado grupo online, é possível afirmar que é a cultura colaborativa da internet que proporciona o fenômeno da produsage (BRUNS, 2008 apud MONTARDO, 2009, p. 163).

Sendo assim, sob a perspectiva da comunicação corporativa, é um desafio para as organizações manter um relacionamento estável com seus consumidores. Talvez uma tática adequada para alcançar tal objetivo seja a construção de espaços online de interação. Nestes fóruns, há discussões entre os consumidores, mas mediadas pela empresa.

Partindo do exemplo do RP Rodrigo Oliveira sobre o site da Dell, percebemos que os internautas sentem-se motivados a gerar conteúdo no espaço controlado pela marca, embora estejam disponíveis diversas outras plataformas. Neste cenário, é preciso considerar que não é o rendimento material que motiva os usuários a postar informações na rede, mas antes a busca por notoriedade, conexões com seus pares ou construção coletiva do conhecimento (MONTARDO, 2009, p. 164).

Numa cultura “todos -> todos”, as organizações precisam entender que a visibilidade e credibilidade da marca não são produzidas apenas pelos profissionais do marketing e da comunicação. Quando uma pessoa absolutamente comum pode ter milhares de seguidores, os consumidores também são capazes de ditar a imagem da marca, principalmente a partir de suas experiências com ela.

Referência: MONTARDO, Sandra Portella. Conteúdo Gerado pelo Consumidor: Reflexões sobre sua apropriação pela Comunicação Corporativa. Trabalho apresentado no XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Curitiba, 2009.

Trabalho final da disciplina

Proposta do trabalho:

- Elaborar uma proposta de start up, utilizando os conceitos desenvolvidos na disciplina ao longo do semestre.

- Individual, em dupla ou em trio

Estrutura para o trabalho:

Apresentação

Descrição da startup

Justificativa

Objetivos

Quadro teórico

Referências

Tamanho: entre 10 e 15 páginas


Sugestões de leitura:

http://www.runn.net.br/content/49-startups-para-ficar-de-olho-em-2010-0
http://www.gesentrepreneur.com/pdf/o_que_e_uma_start_up.pdf
http://thinkvitamin.com/web-industry/how-to-crowdfund-your-startup/
http://zerotrack.com.br/zerotrack/o-que-e-start-up/


Não perca:

Palestra na semana acadêmica sobre start up, terça-feira, 24/05 às 19h

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Conteúdo Gerado pelo Consumidor (10/05)


A aula sobre Conteúdo Gerado pelo Consumidor contou novamente com a presença do Relações Públicas Rodrigo Oliveira. Na última vez que ele esteve na turma, a discussão era sobre o case da Arezzo, no qual a polêmica coleção “Pelemania” e a falta de habilidade para lidar com a pressão exercida pelos consumidores nas redes sociais acabou levando a marca aos jornais e aos Trending Topics apenas para receber críticas.
Na aula passada foi diferente. Era a vez da Fruki aparecer nos comentários espontâneos da galera. Sem saber, o jogador de futebol David Beckham deu uma ajuda e tanto à marca gaúcha, ao aparecer em fotos segurando uma lata do guaraná fabricado em Lajeado. A divulgação através de sites de notícias fez as imagens circularem na internet e a Fruki ser um dos assuntos mais comentados no Twiiter naquele dia. Sem perder tempo, foi criada uma promoção relâmpago: os internautas foram convidados a fazerem fotos engraçadas com uma lata de guaraná Fruki na mão. Houveram também manifestações de quem queria Fruki na sua cidade, e até mesmo comerciantes do exterior se manifestaram dizendo que gostariam do produto em seus estabelecimentos. Sem tirar os pés do chão, a Fruki está aproveitando o momento.

Esses dois Cases ilustram que cada vez mais as informações sobre uma organização não estão mais sobre seu controle. Além disso, a identificação com conteúdos gerados de modo amador mostra que a propaganda vinda dos conhecidos da rede é muito mais eficiente do que a publicidade explícita. Se meu amigo gosta de Fruki é porque deve ser bom. Se um marketeiro me manda gostar de Fruki, há grandes chances de ele nem sequer ter provado o produto. Mas o que leva a essa propaganda espontânea? O artigo de Sandra Portella Montardo “Conteúdo Gerado pelo Consumidor: Reflexões sobre sua Apropriação pela Comunicação Coorporativa” tenta explicar o que leva o internauta a gerar conteúdo por sugestão de uma marca, em espaço controlado pela mesma, e como a organização administra esse conteúdo, já que muitas vezes a espontaneidade dos usuários pode ser divergente dos interesses da marca. A autora propõe o estudo de dois ambientes online: o Pq?Pedia (criado pela Pepsi) e o Nike Corre.

Primeiramente, o que é conteúdo gerado pelo consumidor? Vickery e Wunsh-Vicent (2007) têm a resposta: é um conteúdo disponibilizado na internet, que reflete um certo esforço criativo e é criado fora de práticas e rotinas promocionais. As motivações básicas para a criação de conteúdo seriam a possibilidade de fama, notoriedade, prestígio, conexões na rede, e ultimamente a monetização também tem se tornado uma tendência. A facilidade ao acesso banda larga e a utilização de ferramentas e softwares da rede são centrais para explicar a intensa participação dos internautas. Interessante trazer o conceito de Prosumer, explicado por Bruns (2008) como sendo um “consumidor profissional, cujo feedback de suas necessidades, gostos e impressões às organizações colabora para a criação de novos produtos e serviços”.

Mas bem, vamos aos cases. Um dos objetos de estudo foi o site Pq?Pedia (que hoje já está fora do ar). Com um nome de difícil compreensão a primeira vista, a ideia era uma enciclopédia colaborativa, onde os usuários poderiam compartilhar e obterem respostas de outros internautas para as suas mais bizarras perguntas. Certamente todos se lembram da propaganda e do slogan: “Questione. Mude. Beba Pepsi”. Além da possibilidade de questionar, a participação do usuário se dava nas respostas e na votação entre as melhores perguntas: os 5 melhores porquês virariam links patrocinados. A Pepsi ganhou com os cadastros e os usuários ficaram satisfeitos com a liberdade para geração de conteúdo. Porém, nem tudo é perfeito. A falta de possibilidades para a divulgação de links pessoais (para redes sociais ou blogs, por exemplo) fez com que o capital relacional não fosse tão explorado. Além disso, o prestígio para as perguntas em detrimento de alguma premiação para as respostas fez com que a interação não fosse muito além. O número de perguntas cadastradas no site era muito maior que o de respostas. Atentando para esses aspectos, a visibilidade da marca poderia ter sido ainda maior.

Reconhecida pelo investimento significativo no esporte e nos atletas, tanto profissionais quanto amadores, a Nike desenvolveu a ação de relacionamento “Nike Corre” – espaço controlado pela empresa em forma de blog, com dicas de treinamento e notícias sobre eventos de corridas e lançamentos de produtos da marca. O site não foca na interação entre usuários – restrita praticamente a comentários – porém proporciona visibilidade em outras mídias na medida em que há o Orkut, o Facebook, o Youtube, o Twitter. O usuário gosta da construção de capital social e da popularidade gerada a partir da interação. Com os aplicativos do Nike Corre, os “corredores” podem compartilhar seus trajetos, velocidades, tempos, distâncias e até mesmo desafiar amigos a repetirem o percurso.

Esses dois exemplos confirmam o fato de que o estímulo à visibilidade do conteúdo gerado pelos consumidores é uma estratégia que garante o êxito da ação. Em tempos de “Revolução Digital” a forma de consumo e produção de conteúdo tende a assumir as mais diversas formas de participação. Vamos aproveitar.

Por Isadora Barcellos

segunda-feira, 2 de maio de 2011

ganhei um celular e desterritorializei

Até pouco tempo eu não havia vislumbrado o poderio comunicacional que um celular possui além do SMS e a ligação verbal digna de pessoas bem decididas. Era uma resistência boba e nonsense como a que ainda tenho com o foursquare, a rede social preferida dos ladrões pós-modernos (aprendi essa na última aula da cadeira e planejo usar a piada afim de minar com o uso dessa rede por não me adaptar a ela devido ao meu senso de direção geográfica totalmente débil). Mas claro, a realidade um dia me mandou uma mensagem no trem e enxerguei que as tecnologias móveis podem ser interessantes e me possibilitar mais uma maneira de perder tempo com uma máquina.

A experiência com o bluetooth no trem foi intensa, porém ainda simplória para padrões atuais. Mas quando tuitei pela primeira vez do meu celular novo usando a rede sem fio da FABICO – uma mídia locativa digital bem mais ou menos - foi aquele semi orgasmo, eu me sentia imerso a um novo campo comunicacional, um ser vivo terriorializado nas mídias digitais se desterritorializando novamente nos moldes da cultura contemporânea (André Lemos, essa foi pra ti!). Enfim, eu fazia parte daquela mídia locativa e com ela interagia com o MUNDO (uhul) através de um aparelo celular, acompanhando a tendência mundial para comunicação. O que me deixa um pouco confuso, afinal uma desterritorialização é nada mais que uma linha de fuga das práticas comuns e já consagradas para novas formas ainda em desenvolvimento, e eu estou chegando atrasado – todo mundo já usa tecnologia móvel. Só que a explicação é que nem todas mudanças já aconteceram, então vamos esperar tuitando. Mas ok, pra quem não entendeu, um abraço! Estamos na mesma. Afinal, a falta de entendimento sobre as novas tecnologias faz parte da apropriação gradual dessas e somente com o tempo e a descoberta de novos usos pra todas essas novidades é que ocorrerá a tal des-re-territorialização do Lemos e viveremos numa realidade na qual já estão consolidadas as rupturas do processo anterior.

Mas não sei, não. Pra começar, proponho a todos tentarem ler um QRCODE usando um celular:


qrcode

Processos sociais na palma da mão

Muito se fala das coisas virtuais, mas poucos sabem do que se trata e até que ponto esse universo que não vemos influencia a sociedade. A rotina contemporânea incorporou “facilidades necessárias” criadas a partir do desenvolvimento da tecnologia. Facilidades que dificilmente abrimos mão.

A mobilidade trouxe à tona questionamentos recorrentes sobre barreiras, fronteiras e todo um universo de marcas físicas a que estamos acostumados. Mas, e aquele espaço virtual ocupado por um pensamento transformado em palavras e defendido por seu autor? O que seria?

A apropriação de algo para tornar seu é ato de territorialização. O exemplo utilizado por André Lemos indica que, a pedra bruta, trabalhada pela mão do homem e transformada em utensílio, foi reterritorializada. Saiu do território da natureza, passou para o território humano. A pedra deixa de ser pedra para ser um utensílio. É assim que a humanidade cria e delimita os seus espaços.

Lemos afirma que “criar um território é se apropriar, material e simbolicamente, das diversas dimensões da vida”. Já a desterritorialização é o oposto, um processo social antípoda que combate a territorialização, re-significando-a de formas diferentes e, assim, produzindo o movimento que impulsiona a humanidade.

As justaposições metafóricas de Lucia Santaella, inspiradas em Deleuze e Guattari, presença-ausência, público-privado e segregação-dispersão, em parte elucidam atitudes cotidianas que temos. O nomadismo permitido por tecnologias como a telefonia móvel, via celulares que cabem na palma da mão, torna o indivíduo presente em lugares onde não está. O simples acesso a internet o torna instantâneo a distâncias antes inconcebíveis.

Embora a demarcação de espaços físicos hoje se dê de maneira muito mais criativa, a mídia locativa ainda é muito presente. Lemos a define como “conjunto de tecnologias e processos info-comunicacionais cujo conteúdo informacional vincula-se a um lugar específico”. Este conjunto proporciona a formação de cibercidades e ciberurbes, dentro de territórios informacionais que se movem em processos de territorializações, desterritorializações, re-territorializações e des-re-territorializações.

A fim de não cair num “determinismo tecnológico”, Lemos adverte que as tecnologias “podem criar processos desterritorializantes, mas não estão garantidos pelo simples uso dos artefatos”. Afinal, esses movimentos são processos sociais, não naturais.