terça-feira, 29 de março de 2011

O Mapa mental da cibercultura


A demonstração do panorama da cibercultura tratou de abordar as relações que existem entre a tecnologia e a sociedade através do esquema chamado Mapa Mental, que visa demonstrar alguns dos tópicos mais relevantes para se pensar a cibercultura hoje. A base da cibercultura não é exclusivamente as tecnologias, mas também fatores sociais que cercam a sociedade e o indivíduo, fruto da contemporaneidade. Afinal, década passada nem imaginávamos que estaríamos colocando nossos dados pessoais para qualquer pessoa na nuvem, tampouco fazer compras pela internet. O uso dessas tecnologias seria diferente, pois a sociedade era outra. 


As tecnologias são o resultado do avanço das técnicas exploradas pelo homem no decorrer de sua história. O aprimoramento do saber humano na utilização dessas técnicas resultou no controle de fenômenos naturais que, acreditava- se, não poderiam ser controlados. Desse modo fica claro o uso recursivo e o domínio de tais técnicas. Essas, por sua vez, mudam a experiência humana fazendo com que tais usos, tão frequentes e de modos tão acessíveis, acabem por dominar o homem. “O homem domina a técnica que o domina”. Percebemos no mapa mental da cibercultura os paradigmas abordados por pensadores que constroem os conceitos da razão tecnológica. Percebemos como a tecnologia mudou a sociedade. Trocamos nossos átomos por “bits”. Podemos muito bem ter nossa presença em outro estado, quiçá outro país, simplesmente por meio da tela de um computador. SIM! Podemos estar presentes em dois lugares ao mesmo tempo. Tomamos conhecimento de outra forma real de existir diferente da visão que tínhamos de “real”. 


As novidades nos são apresentadas como exclusivas formas de domínio de diferentes técnicas. Porém Virilio nos alerta sobre a velocidade com que nos apresentam novas tecnologias. Elas surgem como a solução de problemas que não tínhamos e também como o super avanço efêmero de determinadas técnicas que são utilizadas por um breve período de tempo, conceituadas por ele como Indústrias do Esquecimento. Tudo novo o tempo todo. Assim, tudo que surge muito rápido, esvai-se na memória rapidamente também. Assim o ciclo se mantém.


Pierre Lévy contribui na esfera da cibercultura com o termo Ciberdemocracia. No contexto de uma inteligência coletiva. Ou seja, a apropriação e a re-significação individual da web por parte do cidadão comum acerca das mídias tradicionais, que se utiliza de mediadores para transmissão da informação. Essa democratização se concretiza quando surge interagentes que colaboram uns com os outros. Há o pluralismo dos atores que mediam as informações. Essa visão coincide com a definição de web 2.0 e dos movimentos coletivos.


Como já frisado, a tecnologia mudou a experiência humana, com isso também a sociedade. O pós-modernismo fez com que buscássemos uma lógica em nossa identidade, uma coerência da visão do indivíduo. Maffesoli nos mostra o conceito de sujeito fragmentado. Podemos ser e agir em variados grupos com variadas identidades, não tornando o indivíduo dessa maneira como um sujeito falso, mas pelo contrário, tornando-o agente de sinceridades sucessivas em diferentes momentos de diferentes grupos. Na cooperação o bem comum é o bem de todos. Mas isso pode acabar gerando conflitos quando cada um quer a sua individualidade. Querer tirar vantagem dos outros é a tragédia do comunal. O ser humano é individualista e competitivo. Ainda no viés social da cibercultura e suas transformações, muitas discussões surgem apartir daí. Uma delas é o direito autoral dos conteúdos disponibilizados na rede.


E não apenas em nossas ações, conteúdos e relações há transformações causadas pelas tecnologias, mas também em nosso próprio corpo.  O mapa mental nos lembra que somos todos ciborgues, pois não somos mais seres naturais no momento em que ocorre a alteração da constituição física natural.


Alguns movimentos coletivos surgem trazendo consigo benefícios no debate que proporciona a reflexão sobre fatores de bem comum e individual. Uma dessas discussões ocorre na ética que movem os hackers: A informação é um bem da humanidade. O conhecimento é publico e de todos nós. Informação tem quer ser livre. Guerrilha digital é uma arma que se utiliza para mobilização de grupos que buscam valorizar através de ações, suas convicções na rede. Outro movimento que surge é a ciberarte. A tecnologia utilizada ao seu limite, para uso como obra de arte. A obra não termina na autoria do autor. A obra só se realiza se concretiza quando eu vou lá e interfiro nessa obra. O mais fantástico é que a obra sofre interferência do público. Não servindo apenas como mera obra contemplativa.


O mais importante do mapa mental é que nos ajuda a compreender como as coisas funcionam na rede, como as pessoas passam informações umas para as outras à luz da época. Como as pessoas usam a internet, como se relacionam podem ajudar o comunicador a se tornar um bom profissional na sua área HOJE e assim, adquirir o senso de compreensão para produzir de uma maneira correta. Planejamento pensado de como será a repercussão na nuvem. Pensando também nos problemas gerados como a dependência da tecnologia, a dominação e o controle, a diminuição do sono. Tudo que se faz na rede é quantificado, mapeado e rastreado. A quantidade de informações duvidosas, o isolamento e a sobrecarga cognitiva. 

 Por Marcelo Matos.

terça-feira, 22 de março de 2011

Sejam bem-vindos!

Caros alunos do Seminário de Informática e Comunicação - 2011/1,

Gostaríamos de dar as boas-vindas a vocês, desejando desde já um excelente semestre e uma ótima produtividade a todos.
O semestre será cheio de leituras interessantes, debates e trocas de conhecimento importantes para o nosso crescimento mútuo. Aprenderemos todos juntos.
Como a nossa turma é bem distribuída entre discentes de Relações Públicas, Publicidade e Propaganda e Jornalismo, montamos um plano de aulas igualmente eclético, de forma a contemplar as três habilitações com estudos pertinentes a cada uma das áreas.
Os temas a serem trazidos foram escolhidos considerando a sua pertinência para as respectivas formações e a sua atualidade.
No transcorrer do semestre, e atentas aos acontecimentos dele, traremos ainda temáticas adicionais à disciplina para que fiquemos sempre atualizados sobre os assuntos mais latentes de debate.
Ao longo desta primeira metade de ano, ainda, contaremos com colaboração de profissionais que convidaremos para debater conosco em aulas previamente agendadas.
Este espaço por onde conversamos agora também servirá como canal de troca de informações e impressões.
O objetivo é fazer com que a cada semana um novo post seja produzindo comentando os temas trazidos para a sala de aula e ele suscite um aprofundamento das discussões.
Contem conosco para tudo o que pudermos fazer para o bom atendimento da disciplina (respeitando, claro, os sábados à noite e os domingos de manhã :P).

Brincadeiras à parte, estaremos sempre à disposição. Será um prazer ajudá-los.

Novamente, desejamos um excelente semestre e deixamos um grande abraço,

Gabriela e Susan