quarta-feira, 28 de abril de 2010

Processos de territorialização e desterritorialização

O artigo Processos de Territorialização e Desterritorialização na Cibercultura, de André Lemos, tema da aula de 22 de abril, aborda a função das tecnologias móveis como criadoras, no ciberespaço, de processos daquilo que ele chama de territorializações, conceito que não fica claro ao longo do texto. As duas cenas mencionadas no início dele talvez ajudem a explicar o que o autor entende como desterritorialização (renovação de hábitos e práticas de determinado campo) e reterritorialização (que ocorre após estarem consolidadas as rupturas do processo anterior), mas não contribuem para a concepção da ideia abrangente de território utilizada pelo autor – entendida tanto em sua acepção física e simbólica quanto em seus desdobramentos na cibercultura.

Segundo Lemos, as mídias, especialmente as contemporâneas, instauram esses processos ao permitirem a compressão do espaço e do tempo, "onde o tempo real (imediato) e as redes telemáticas, desterritorializam (desespacializam) a cultura" (LEMOS, 2004, p.68) no ciberespaço, "lugar de quebra e criação de controle e de hierarquias" (LEMOS, 2006, p. 7). As tecnologias empregadas na comunicação em rede influenciam a transformação desses territórios, mas não são exclusivas às mídias. De acordo com o autor, é próprio do ser humano ser parte ativa nesses procedimentos: criar e apropriar-se de territórios e, insatisfeito que é, criar linhas de fuga aos poderes instituídos e usar de meios técnicos para, quando desterritorializado, reterritorializar-se. Entendeu? Bom, deveria, afinal "as questões de território,
territorialização e desterritorialização são essenciais ao homem" (LEMOS, 2006, p. 3)

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