terça-feira, 20 de abril de 2010

Mobilidade

Na aula do dia 15 de abril, vimos alguns pontos a respeito da questão da mobilidade midiática. Com base nos textos de Lucia Santaella e André Lemos, fomos levados a repensar nosso cotidiano, sobretudo no que diz respeito à vida na cidade, bastante "afetada" pela emergência das novas redes telemáticas. Nesse âmbito, pode-se citar o GPS e a internet Wi-Fi, pois ambos são elementos que moldam novas formas de pensar, viver e agir da sociedade, dadas as tranformações que promovem, permitindo ao indivíduo uma apropriação nunca antes vista das informações daquela localidade onde se encontra.

Características como a presenca-ausência, levantada no texto de Santaella, dentre outros, evidenciam que vamos chegando a determinados paradoxos. O indivíduo precisa estar em todos os lugares, simultaneamente, o que é permitido, de certa forma, pelos novos dispositivos móveis, acompanhados das facilidades de acesso fornecidas pela Internet. Dessa forma, ele "atinge" o seu objetivo, sem que para isso seja necessário o deslocamento físico de um lugar para outro. Essa redução do chamado distanciamento virtual permite um maior relacionamento entre os indivíduos, que acabam, inevitavelmente, redefinindo comunidades, na medida em que o agregamento passa a ser possível sem que seja imprescindível a co-presença.
Além disso, é necessário estar conectado o tempo todo, ser um ativo na rede em tempo integral, o que acaba gerando certa compulsão, dependência desses dispositivos móveis - como o celular, sobre o qual ela chega a fazer uma observação dos efeitos negativos dessa dependência que se estabeleceu entre seus usuários.

Em meio a tantas inovações, a tantos processos de refuncionalização das mídias - a chamada ecologia midiática de Santaella -, a um fluxo cada vez mais intenso de informações, dentro de um tempo cada vez menor, faz-se necessário algumas reflexões acerca dos efeitos - positivos e negativos - disso sobre a sociedade. Até que ponto essa conexão exacerbada é útil, é válida como benefício ao homem? Até que ponto o uso deliberado e compulsivo desses dispositivos - cada vez menores e mais repleto de facilidades - é válido? Que transformações sociais a inserção desses itens têm provocado na sociedade e, sobretudo, na maneira de o indivíduo agir na sociedade?

Camila Cesar

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