Está se
tornando cada vez mais comum sairmos de uma sala de cinema ou terminarmos de
ler um livro, e corrermos atrás de mais informações sobre o produto midiático que
acabamos de consumir. Quando isso ocorre, você está contribuindo para a
convergência midiática, onde usamos múltiplos suportes de mídias para que ocorra
um fluxo de conteúdos. Não só de máquinas depende esse processo, o consumidor é
a peça chave disso tudo, pois é ele que vai realizar essas conexões e é ele que
irá editar as informações sobre esses produtos.
Assim como
os exemplos dados em aula: MATRIX, Harry Potter, Game of Thrones; o universo da
Marvel também se encaixa nesse caso de convergência midiática. O grupo de
super-heróis X-men teve sua primeira edição publicada na década de 60, criado
pelo escritor Stan Lee e pelo artista Jack Kirby. Mas não parou por aí, tiveram
desde então diversas aparições, não só nas histórias em quadrinhos, mas também
em filmes, games, desenhos animados, isso sem contar os inúmeros produtos que
foram vendidos que tinham alguma relação com o grupo. Esse uso de diversas plataformas para contar uma mesma história é chamada de narrativa trasmídia. O universo dos X-men se
tornou tão grande que incentivava cada vez mais aos seus fãs a procurar e criar
conteúdos diversos. Em uma entrevista ao programa Milênio, Henry Jenkins salienta que a convergência representa uma “transformação cultural, à medida que
consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em
meio a conteúdos midiáticos dispersos”.
O usuário que deseja participar cada vez mais dessa experiência vai
criar o seu próprio conteúdo midiático para contribuir com o universo no qual
tem tanta paixão. Isto é, nós ajudamos a construir os universos da mídia, como
nos foi apresentado na leitura complementar, Vida Midiática, “A sociedade governada pela vida midiática é
aquela na qual a realidade está, como em muitos ou talvez na maioria dos sites,
o tempo todo sendo construída – mas não apenas por invisíveis guardiães nas
fortalezas panópicas dos governos e das corporações que procuram construir uma
realidade relativamente coesa e portanto controlável, mas também por (todos)
nós.”
Sendo assim, devemos saber que nós podemos fazer parte dessa cultura de
convergência. Criando desde algo grande com influência mundial sobre o gigantesco
universo de Harry Potter, ou até mesmo uma breve fanfic envolvendo nossos
personagens favoritos de algum seriado dos anos 90 que teve apenas uma
temporada.
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