por Lucas Pitta
A cibercultura
nasce com a intenção de nos alertar às formas como as inovações tecnológicas
influenciaram no jeito de se comunicar, e na cultura em geral. A bibliografia
apresentada nos agrega a incumbência de perceber que há como modificar ainda
mais o que já foi modificado – fazer um remix disso – por meio de blogs,
podcasts e softwares livres, por exemplo.
Essas novas formas de
se comunicar, ou de se conectar – não é a mesma coisa – nos transforma em donos
de mídias. A chamada “Citizen Media” ou “mídia do cidadão” designa os seres
(internautas) como usuários estimulados a produzir, compartilhar, distribuir,
emitir, receber e reciclar os conteúdos digitais. Fica evidente, assim, a
importância de nos enxergarmos como cyborgues, pois não somos 100% naturais.
Importante
notar quando se aponta que toda a sociologia estava errada por valorizar demais
e unicamente a figura humana. Agora analisamos a importância do resto (objetos
físicos). O que nos faz atentar mais à tecnologia do que ao capital humano.
Cada meio
exige a sua linguagem – O ato publicitário e o ato jornalístico de rádio não
funcionaram na TV, por exemplo – e agora com novas formas de se comunicar, de
gravar, de escutar, de transmitir, compartilhar dados e informações, todas ou
quase todas as relações meio-homem sofreram de certa forma alguma modificação.
Citamos o determinismo
tecnológico de McLuhan quando o meio torna-se a extensão do homem (um óculos a
extensão do olho, a luva ou o mouse ou o taco a extensão da mão...). Poderíamos
ter abordado a ideia de aldeia global de McLuhan, onde faria um paralelo com a
importância da informática, e em especial, a internet, na cultura e na
comunicação.
Quando se muda
uma variável, todo o sistema muda – ideia central para se compreender os
resultados de um sistema. E o sistema da comunicação mudou.
Enxergamos o
jornalismo cada vez mais como hiperlocal e particularizado quando
problematizamos a existência da comunicação de massa e sua abolição em
detrimento de meio de comunicação alternativos (ideal marxista). A publicidade,
por sua vez, é cada vez mais segmentada e simplificada, focada em planejamento
e marketing.
Vivemos a era
em que nos foi dado voz. Na verdade, mais do que isso, no foi posto em mão um
megafone. Vivemos a emergência dos discursos individuais em prol da consciência
coletiva. Enfim, se pode fazer tudo na internet. Mas, dizer que o computador é
a rede, e que tudo muda mas nem tanto, é um tanto quando reconstruir a
globalização e seus efeitos na cultura, mas deixamos isso para as próximas
aulas.
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